Cultura de escândalos
por Jobson Lemos Batista
Ambiente favorece a promiscuidade entre empreiteiras e o Estado, analisa o cientista político Marcus Figueiredo
Não se combate a corrupção entre o Estado e as empreiteiras com buscas, apreensões e prisões. Para o cientista político Marcus Figueiredo o ponto fundamental é o ambiente. Como na proliferação do mofo, as condições do meio é que propiciam a expansão ou retração da cultura.
“As leis são muito benevolentes com os crimes contra o patrimônio público”, diz Figueiredo. “É tratado como um delito menor.” A fiscalização efetiva e a punição rigorosa são os passos que ele vê como fundamentais para o combate à corrupção.
Na semana em que se discute mais uma operação da Polícia Federal, a Navalha, ele apenas aguarda pelo próximo escândalo. “Essas coisas ocorrem porque a taxa de impunidade é muito alta.”
Dos presos pela PF na Operação Navalha, mais de 20 já foram liberados pela Justiça. Não se trata, segundo Figueiredo, de julgamentos sumários. Mas de tratar com maior rigor os casos em que se rouba o erário público.
E não se diga a ele que há características endêmicas na corrupção brasileira. “Essa promiscuidade entre o prestador de serviço e o Estado sempre ocorreu em todo tempo e lugar”, conclui.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
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